terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Vá feliz, 2013!
Foi um ano como outro qualquer. Pelo menos é o que parece. Curto demais e longo que só; abominável no que trouxe de ruim e memorável nas doces alegrias (das grandes às pequeninas); gente se desentendendo e partindo pra outra, gente se reconhecendo e seguindo adiante; choros quicantes e risos soltos; frustrações e êxitos; trabalho demais e viagens de menos. Mas, vendo com olhos de lupa, não foi um ano como outro qualquer. Porque um olhar mais atento consegue perceber que cada experiência é única, mesmo quando aparentemente repetida em pessoas e circunstâncias e tempos e espaços. E cada uma delas foi fruto das nossas escolhas e, também, daquilo que nos escapa, que é da vida. Que bom que vivemos o 2013, esse ano qualquer e esse ano único, na sua riqueza de oportunidades e aprendizado. E que venha 2014. Para ser bem vivido também. =)
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Rádio Plutão
músicas pra romper ano - parte 2 =)

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sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Sexta feira
disseram que ela não vinha. olha ela aí. =)
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Rádio Plutão
Músicas para romper ano - parte 1

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quinta-feira, 19 de dezembro de 2013


Hã, Biloute


 peguei lá no capiela =)

¨¨ Boto fé que, eventualmente, vai chegar a segunda feira em que eu não soltarei um queroso "ah, cadê o 3º dia do fim de semana?". Eventualmente. Não foi nessa.
¨¨ Aberta a temporada de confraternizações 2013. Que Santa Maria do Sorrisinho-Quero-ir-Embora-Daqui-Oh-Please nos proteja.
¨¨ Na boa, tem gente que não quer resolver seus problemas. O empenho é todo na manutenção e agravamento dos mesmos. Aí eu fico ali ouvindo (ouvir é só o que se pode fazer) e cantando silenciosamente o álbum "Ganhe-se pouco mas é divertido" da Cristina Buarque na minha cabeça. Porque né, se a voz da Cristina não melhorar a frequência do ar nada mais o fará.
¨¨ Tenho uma paixão nada secreta por outro que não o maridão. Marley é o cachorro do zelador do prédio onde moro. Ele é lindo, fofo, preto, festivo e simpático. Eu AMO aquele cão e torço loucamente para vê-lo toda vez que chego ou saio de casa. Parece exagero e é. Tô nem aí. =)
¨¨ Ói só que interessante esse texto sobre sexismo e cores. Clique aqui.
¨¨ Ontem uma colega dos tempos idos de Uberlândia que reencontrei na Roda de Gestantes (oi, Taiza =)) postou uma foto de sua recém-nascida no FB. A pequenina também se chama Isabela, é cabeludinha e dotada de uma lindeza sem fim. Uma fofura ponto. Aí bateu um mix de sentimentos: uma alegria GIGANTE pela Ilara e sua pequenina cheia de saúde e uma pontada fina de tristeza pela minha gravidez interrompida. O bom é que  a dor pelo que é meu dói, eu digiro, e passa, enquanto a alegria por elas fica. Que bom que é assim.
¨¨ Tapioca. Quem ama mais do que eu? Quem? Quem?
¨¨ Uma quinta leve a todos vocês. =)
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Amada Blogosfera
"Não-Retrospectiva 2013
Em 2013, não protestei contra a corrupção, não dancei até o chão, não frequentei estabelecimentos top, não conheci gente diferenciada, não ouvi a mais nova diva da MPB, não emagreci, não engordei, não argumentei que tenho um amigo negro, não argumentei que tenho um amigo gay, não me indignei com o preço do tomate, não reclamei do IPTU, não reclamei do BBB, não desapeguei de bens materiais, não vivi uma vida mais simples, não fui sexy sem ser vulgar, não experimentei a nova água sabor maçã da Bonafont, não chamei ninguém de petralha, não chamei ninguém de tucanalha, não aplaudi a bandeira do Brasil no prédio da FIESP, não assisti ao julgamento do mensalão, não assisti a nenhum jogo da seleção, não otimizei o currículo, não tretei no tuíter, não suportei o calor, não compartilhei Clarice, não agreguei valor.

E que venha 2014, quando pretendo não fazer o dobro de coisas que não fiz em 2013."

Camila Pavanelli, escrevendo que é uma beleza aqui =)
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Rádio Plutão
sobre. que pegue como bocejo. =)

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sexta-feira, 13 de dezembro de 2013


Enpentenpendeupeu? ou castaway (vai com dois títulos mesmo)

Dias desses assisti a um episódio de Medium (amo. amém, netflix que armazena tudin ali pra mim. =)) em que a Allison passa a entender bulhufas que os outros dizem. As pessoas falam em inglês mas por um motivo x (que não vem ao caso aqui) ela ouve as palavras em uma língua desconhecida. Fiquei pensando nisso. Fiquei pensando na dificuldade de comunicação e entendimento que parece imperar no nosso dia-a-dia.

Na terça feira passei em uma loja para encomendar uma torta e juro que me senti caída em um planeta país estrangeiro. Entrei na fila (eu era a primeira, ói que beleza) e fiquei aguardando a moçoila chegar para anotar meu pedido. Outras pessoas foram chegando e uma mulher parou ao meu lado ao invés de ir pro fim da fila. Até aí tudo bem. Um funcionário da loja avisou que uma outra fila seria formada lá fora para o mesmo propósito, as pessoas que estavam atrás de mim foram pra lá e eu não fui, claro, porque era a primeira daquela fila ali. Quando a moçoila chegou e perguntou quem era a primeira, a mulher ao meu lado, cheia de topete, começou a ditar seu pedido. Depois de um minuto de choque (não sei como ainda me espanto com essas coisas) informei à funcionária de que EU é que de fato tinha chegado primeiro. Ela me ignorou e continuou a anotar o pedido da mulher, talvez por eu ter falado baixo, com gentileza e ter cara de boazinha enquanto a mulher fura-fila respirava arrogância e tinha pinta de rica, ou talvez por outro motivo qualquer, vai saber. Fiquei em choque de novo (eu não me canso), e seguiu-se o seguinte diálogo:

Eu:"com licença, mas eu cheguei antes de você".
Fura-fila: "mas eu já estava do outro lado da loja escolhendo minha torta, então EU sou a primeira", num tom rude e na linha "legenda- imaginária- com-"foda-se"- embaixo".
Eu: "e enquanto isso eu já estava aqui. na fila. aguardando."
Fura-fila: me vira a cara e diz para a moçoila "continue anotando meu pedido".

Nesse instante, outra funcionária da loja interrompeu e me pediu que eu fosse para a outra fila (para o final da outra fila, atrás de quem na fila anterior estava depois de mim), porque essa seria fechada. Estampei a indignação na voz, expliquei a situação e ela não disse nada. O cara que estava atrás de mim na fila antiga e agora na minha frente na fila nova e presenciou tudo também não falou nada. Só quando eu falei que iria embora ele soltou um "pode passar na minha frente, então" todo trabalhado no descaso. Na boa, HEIN? Certeza que a gente ali estava falando a mesma língua? Fui embora. E a Casa de Biscoitos Mineiros perdeu para sempre uma cliente. Ponto.

E o mesmo acontece em tantas outras situações. "A" vai te pedir uma gentileza e fala como se fosse uma ordem. "B" te pede ajuda e quando você o faz ele se sente incomodado, perturbado (peraí uai, queria ou não queria ajuda?). "C" vive em monólogo verborrágico, sem se preocupar minimamente com o efeito em quem ouve. E por aí vai. Não entendo.

Me dá a impressão de que é tanto individualismo, tanto egoísmo, tanto empenho pra "garantir o seu", tanto foco no umbigo, no próprio tempo e nos próprios desejos, que não sobra energia (nem vontade) pra trabalhar um dos requisitos básicos pra se viver em sociedade: a comunicação. Entender o outro e fazer-se entender. Básico. Fico me perguntando se não estamos, cada um de nós, criando nossos idiomas pessoais e inteligíveis. Ninguém se entende. E não é por que a língua em si é diferente. É, pior, por que ninguém se importa. Sinceramente, não entendo. Nãopão enpentenpendopo.
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Rádio Plutão
abraça essa do the police. pq amo simsim, pq tocou hj no spinning e pq meio que serve de acompanhamento pro texto acima. =)

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quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Ponteiro

"for the wind" - arte de duy huynh

A dor do outro, a dificuldade do outro, a escolha do outro, o crescimento do outro. Nada disso te pertence. É claro que essas questões influenciam a vida de quem está ao redor, mas elas não estão aí para funcionar como apontador geral de rumos. Cada um tem os seus. E penso que tomar para si o que é do outro, mesmo que com a mais nobre das intenções, traz mais entraves que benesses. Porque uma coisa é se envolver e estar ao lado e prestar auxílio e dar sacodes salutares. Outra é se confundir e puxar a responsabilidade para si. E viver o que é do outro como se fosse seu tem o peso do ar usurpado. Porque tira a autonomia do outro e sobrecarrega o um. É uma forma calada de dizer "eu sei lidar com o que é seu melhor que você". É uma forma de egoísmo. Bom mesmo é conseguir dar um passo de distância e deixar o outro ritmar o próprio passo. Isso demonstra respeito a si mesmo e ao outro. Isso requer confiança. Porque, no fim do dia, cada um é que sabe dos próprios rumos. E eu sei bem qual não é o meu.
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Meu reino inteiro
pela eliminação definitiva de toda e qualquer forma de justificativa.
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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Rádio Plutão
acordando em passinhos. devagar. =)

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sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

Hã, Biloute?
¨¨ Alguém viu essa semana passando? Alguém? Alguém?
¨¨ Tem gente que tem uma gargalhada tão gostosa que dá vontade de pegá-la no ar e guardá-la numa caixinha. Daí, quando a vida estiver meio chué, no meio do dia, no meio do nada, você abre a caixinha e BAM! fica mais leve por estar gargalhando por fora. =)
¨¨ A "senhourinha" fica quietinha me encarando bovinamente por uma quantidade de tempo longa demais para ser contada em números. To-do-di-a-de-se-gun-da-a-sex-ta. Tô vendo a hora em que minha agonia vai me fazer encarar mansamente de volta e soltar um "Pois não?" Pq né, não entendo.
¨¨ Mandela desencarnou. Ouvi no rádio sobre o evento que vai haver em sua homenagem em um estádio onde cabem 95 mil pessoas. Fiquei imaginando ele chegando lá no outro plano, depois de ter cumprido missão tão edificante aqui na Terra, e sendo recebido também com festas e danças e entes queridos e 95 mil pontos de luz brilhando. Felizes céus. =)
¨¨ Alívio é um sentimento que é sentido em cada pedacinho do corpo. E se espalha. E serena.
¨¨ Um excelente fim de semana p'cs. =)
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Rádio Plutão
cada uma dessas palavras. =)

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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Querer genuíno

Passei grande parte dos últimos anos usando meu tempo livre pra estudar pra concursos públicos. Já sou concursada, mas sempre cedia aos anseios (mais de fora que de dentro) de TER que passar em um melhor, de TER que ter mais dinheiro. E nas poucas fases que passei sem estudar, carregava uma culpa imensa. Essa culpa me impedia de me entregar por inteiro a qualquer outra atividade. Mas isso enfim mudou. Explico. Descobri que estava grávida no meio do "projeto Bacen" e de um jeito que foi ao mesmo tempo libertador e engraçado. De uma hora pra outra meu pique de estudo, que estava nas alturas, foi lá pro pé. Eu simplesmente não conseguia mais ir pra academia às 6 am, trabalhar 8 horas e depois seguir para o terceiro turno na biblioteca. Passei a sentir um cansaço visceral. Entrei em pânico, com direito a piti e tudo, gritando que era o peso da idade, me sentindo velha, arrasada e incapaz. Duas semanas depois descobri que a razão daquele cansaço e daquele sono não era a "velhice". Eu não estava velha, eu estava grávida. =). Esse episódio foi pra mim a última gota. Sei que tem gente que consegue trabalhar + estudar sem peso, mas esse não era o meu caso. Eu vivia frustrada e fingia que estava tudo bem. Mas não finjo mais. Decidi parar de estudar no dia em que peguei o beta HCG positivo. E me senti livre. Como se finalmente eu estivesse fazendo o que eu queria e não o que eu queria querer. Me senti livre. Sei que posso mudar de ideia a qualquer hora, mas agora eu quero viver outras coisas, sem pesos nem culpas. A gravidez veio, se foi, e quero me preparar sem pressa para a próxima que virá. Quero sentar no bar sem contar os minutos "perdidos". Agora tenho tempo para escrever mais. Quero ler mais. Estou redescobrindo o prazer de cozinhar. Quero voltar a desenhar. Quero cuidar melhor de mim. Quero viver leve.

Me sinto livre. Livre pra querer o que quero.
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